Artigo por Priscila Santana, Fundadora da Ps. Negócios e Compliance e Coordenadora do Núcleo de Mulheres Empreendedoras da Ampe Metropolitana.
O mês de maio costuma ser marcado por muitas lembranças para as mulheres. Apesar do seu dia ser comemorado internacionalmente em março, maio tem um zelo cultural por tradicionalmente ser o mês das noivas e também ter o dia das mães. Aproveito a pauta para fazer uma provocação e convidar você a refletir sobre o papel da mulher na micro e pequena empresa.<span data-metadata="">
Segundo uma pesquisa realizada em 2021 pelo SEBRAE e também a Pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), 87% das mulheres empreendedoras continuam atuando sozinhas em seus negócios, mesmo o mercado atingindo o número de 10,3 milhões de negócios formais geridos por donas de seus próprios negócios. Quando possuem empregados, as mulheres continuam com menos empregados que os homens (negócios menores).
O que será que falta para que essas mulheres confiem seus processos e suas empresas a profissionais que tendem a alavancar seu crescimento.<span data-metadata="">
Estudo revelou que o preconceito, machismo, jornada dupla/tripla e falta de respeito estão presentes no dia a dia das brasileiras no mercado de trabalho.
Ambientes de trabalho desiguais e a crise econômica enfrentada no país fizeram com que as mulheres no Brasil empreendessem mais que os homens durante a pandemia. E isso não foi só no Brasil, é um reflexo global.
Analisando os dados, nota-se que o que as tornou empresárias foi a necessidade de sobrevivência das famílias. Elas transformaram ações que já realizam no seu dia a dia em negócio. Destaco as três primeiras atividades citadas: cabeleireiros e tratamento de beleza, comércio de vestuário e serviço de catering, bufê e serviços de comida preparada.<span data-metadata="">
Contudo, o fato de se manterem como negócios menores, vai de encontro a outras pesquisas que apontam que 70% dos negócios fecham nos dois primeiros anos, isso porque a falta de conhecimento administrativo e organização financeira é uma realidade, não dando a oportunidade dessas mulheres crescerem.
Além das dificuldades elencadas, as mulheres também encontram pedras pelo caminho da ascensão dentro do mundo empresarial. Por mais que 70% dos líderes de negócios concordem que a diversidade de gênero melhora a performance da organização, o número de mulheres em cargos altos dentro de empresas cresceu apenas 5% nos últimos quatro anos.<span data-metadata="">
Pensando nisso, a Ampe Metropolitana, que tem como pilares a capacitação, o relacionamento, a representatividade e os benefícios, reativou no mês de maio o Núcleo de Mulheres Empreendedoras, com o objetivo de fortalecer o empreendedorismo feminino das Micro e Pequenas Empresas da região.